V. Porque Dia da Mulher é todo dia!

(Dicionário crítico do feminismo. São Paulo, Ed. UNESP, 2009)
Dicionário Crítico do Feminismo
(Diversas Autoras)
“Conforme a apresentação trata-se de uma “reflexão crítica sobre a construção social da hierarquia entre os sexos e, dessa forma desenvolver um pensamento crítico feminista que favoreça a emancipação das mulheres e a igualdade na diferença”. pg.07
As organizadoras do referido Dicionário Crítico fazem parte do importante Grupo de Trabalho GTM (Genre, Travail, Mobilitè). Aqui, aglutinaram mais de cinquenta mulheres intelectuais, autoras de verbetes como aborto e contracepção, categorias socioprofissionais, ciência e gênero, desenvolvimento, dominação, família, feminilidades masculinidade e virilidade, movimentos feministas, movimentos sociais, religiões, sindicatos, trabalho doméstico e violências dentre os quarenta e oito verbetes que compõem a obra.
Esse caleidoscópio feminista exige o compromisso ético e teórico com a liberdade. É uma construção entrelaçada com o nosso tempo.

(Michelle Perrot)
“Por ’sexuação da História’ deve-se entender a consideração, no e pelo relato histórico, das relações entre os sexos. Como esse relato tem sido ordinariamente escrito no masculino, a expressão ‘história das mulheres’ é a mais frequentemente utilizada para designar essa iniciativa que, no entanto, se pretende relacional desde o início, recusando toda separação, em benefício de uma releitura geral muito mais ambiciosa. A noção norte-americana de gender (gênero), surgida desde o fim dos anos 60 em Antropologia, se difundiu na História uma dezena de anos mais tarde. O termo se impôs pouco a pouco na França, não sem dificuldade, ligada sobretudo a questões de vocabulário. A partir de então, passou a ser empregada de maneira relativamente corrente, pelo menos nos meios científicos. Por oposição ao sexo biológico, o gênero designa as relações dos sexos construídos pela cultura e pela História. Ele designa a “diferença dos sexos” em sua historicidade, expressão que, aliás, as filósofas (Françoise Collin, Geneviève Fraisse, Michele Doeuff etc.) tendem a preferir tanto a ‘relações sociais de sexos’ como a ‘gênero’. “ 
 
(Perrot, Michelle. História (sexuação da) In: Hirata, Helena; Laborie, Françoise; Le Doaré, Hélène; Senotier, Danièle [orgs.]. Dicionário crítico do feminismo. São Paulo, Ed. UNESP, 2009. p. 111. )

Confira também...

  19º Seminário Clínico Série “A clínica em tempos de fim de guerra às drogas” ...
Diva Reale¹  Maria de Lurdes Zemel²   Série: A clínica em tempos de fim de...
A série em foco traz as peripécias de quatro mulheres: Susan, Millie, Lucy e Jean...